O projeto 1D NEON tanto permite produzir cortinas que são ecrãs, como paredes luminosas, ou sensores dos mais variados. Os primeiros produtos comerciais poderão surgir dentro de três a quatro anos.
Funcionalizar não será o verbo mais popular do idioma português, mas é usado com frequência por Rodrigo Martins, diretor do Centro de Excelência de Microelectrónica, Optoelectrónica e Processos da Universidade Nova de Lisboa (CEMOP), quando se trata de explicar uma nova tecnologia que acaba de ser anunciada com o propósito de criar tecidos que tanto podem assumir a função de ecrã e iluminação, como podem conter sensores ou até recuperar a energia que consomem quando emitem luz. O projeto, que tem por base a atribuição de funções a fibras, já permitiu produzir um ecrã têxtil com 40 centímetros de aresta. Rodrigo Martins admite que os primeiros produtos comerciais possam surgir “dentro de três ou quatro anos”.
O projeto 1D NEON arrancou em 2016 e terminou em 2020 – e manteve-se sob discrição para acautelar a propriedade intelectual e industrial, antes de ser anunciado ao mundo.
No projeto participam o CEMOP e o Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CENTI), mas também a Universidade Cambridge, do Reino Unido, a LG, a Philips, a Solvay, a Henkel, a Saati, a Eurecat, e o Centro de Têxteis de Türingen, na Alemanha. O 1D NEON o teve como líder Jong Kim, antigo diretor de tecnologias da Samsung que hoje é professor em Cambridge, mas conta com muito do trabalho que Elvira Fortunato tem vindo a desenvolver nos laboratórios da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa em torno da eletrónica transparente e do transístor de papel.
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Texto: Hugo Séneca | Expresso