O grande vencedor da 12.ª Edição do Prémio de Investigação Colaborativa Santander/NOVA 2018/2019 é o projeto “PlaTiNa – Plataformas de baixo custo à base de nano-heteroestruturas de TiO2/WO3 para aplicar em fotocatálise”. A equipa responsável é constituída pela investigadora Ana Pimentel, do CENIMAT/I3N, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da NOVA, em colaboração com a investigadora Vanessa Jorge Pereira, do ITQB NOVA/ iBET, também da NOVA.
Este projeto investiga a forma como se poderá combater a presença de produtos farmacêuticos e de pesticidas nas águas residuais e subterrâneas, assim como na água potável, indicados pela União Europeia como poluentes de tratamento prioritário, devido à sua alta toxicidade. As principais preocupações são com os analgésicos, antibióticos e antiepiléticos, que se mostraram resistentes aos tratamentos de águas residuais.
Durante o estudo, as investigadoras irão trabalhar com nanoestruturas de óxido de titânio e de tungsténio, que serão colocadas em superfícies de vidro ou poliméricas, sendo posteriormente expostas à presença dos compostos a degradar, sob radiação solar.
Segundo Ana Pimentel, “a intenção é perceber a eficácia destes tratamentos na remoção de poluentes químicos como, por exemplo, os antibióticos, porque mesmo quando presentes na água em concentrações muito baixas podem contribuir para o aparecimento de resistências”. Como lembra a investigadora Vanessa Jorge Pereira, “neste momento no mundo há 800 milhões de pessoas que ainda não têm um abastecimento de água seguro e daí a importância de se proceder a este estudo, uma vez que a colaboração vai permitir testar materiais que já são usados normalmente, agora em novos poluentes das águas”.
O Prémio foi entregue hoje, na Reitoria da NOVA de Lisboa, pelo Presidente do Conselho de Administração do Banco Santander Portugal, António Vieira Monteiro, e pelo Reitor da NOVA, João Sàágua, durante a segunda edição do Encontro de Ciência da instituição, o NOVA Science Day 2019, apoiado pelo Santander.
O Prémio de Investigação Colaborativa Santander/NOVA de Lisboa, no valor de 25.000 euros, visa distinguir projetos desenvolvidos por investigadores juniores da NOVA e que envolvam, pelo menos, duas das unidades orgânicas da Universidade. O prémio, de periodicidade anual, contemplou já projetos de investigação no âmbito das Ciências Sociais e Humanas, Ciências da Vida e Ciências Exatas e Engenharias.